PROSTITUTA

Mulher de muitos homens,
De homem algum!
Porém, mulher,
Cada vez de um.


Um corpo emprestado ao mundo
E um mundo profundo de desilusão.
O mundo dela, sequela d’ela, somente d’ela.

Alguém apontou e disse: olha ali,
Uma “mulher da rua”,
Meretriz, quase nua!
Uma mulher da vida,
Uma perdida,
Uma esquecida!
Uma mulher da zona,
De vida profana
Atrás de grana;
Uma “capistrana”.


Após “jogar pedra”,
O amigo ao lado, disse: veja bem,
Ela está diferente,
Está pintada e até atraente,
Mas acho que é a sua filha;
Olhe bem!

Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 27/02/2021
Código do texto: T7194262
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