REFLEXO
Se me vejo nu pelo espelho
Despido de toda hipocrisia
Percebo em mim o desejo
O assombro, o vil e a ironia
Do que a pouco me vestia;
De olhares atravessando a alma
De que permito fazer-me parte
E assim me doma a calma
De mudar-me antes tarde;
Reflexo do que fui e ainda sou
E invariavelmente sou tudo
O que em mim restou!