JASMIM.

E se vieres,

E nos prazeres

Da matéria

Desagrados encontrares,

Lembra-te:

Olhares ainda brilham

E te enxergam

Na perfeição dos moldes

D'amores.

Quando em metamorfose

Sou borboleta,

Em beleza e liberdade,

Escolho a flor

Que não me fere.

Sem espinhos, na cor carmim...

Mas quando me esqueces

Em tons pastéis adormeço

E no casulo me escondo

Mas te sonho, mesmo assim.

E na confusão

Desse meu existir

Entre flor e borboleta

Às vezes, sou jasmim

Que ainda encanta e perfuma

A tua vida e teu jardim.

Elenice Bastos