Covardia

Abrem-se caminhos

vários, encruzilhadas

e eu perdida, amedrontada

a ferir-me nos espinhos

a chorar nas madrugadas.

Onde está a destemida

que enfrentava vida e morte,

que ousava, que gritava,

que sonhava, que exigia,

que contava com a sorte?

Ficou lá, o medo a trava.

Restou só a covardia.