Intimista
Sem saber onde ir, vou!
O medo que me acompanha, me dá coragem.
Como seguirei um caminho, sem meu cagaço?
Como fugirei pra longe de mim,
sob o sol, ainda cedo,
em busca das canções que perdi?
Sei que preciso viver em paz,
qual o zéfiro que sopra face a dentro de um sorriso entreaberto que aqui jaz.
Tomar a decisão de dar o fora,
veio do meu eu de escola.
Tempo escasso, ausente,
que me fez querer o mundo -
em uma hora, minutos, segundos - e renascer em tempos de glória!
Destinar minha própria história de amor...pra contar.
Então, tem que ser agora!
Não quero fazer parte desta corrente, que tudo faz de conta!
Isto pra mim, é uma afronta
ao meu compasso poético.
Sou de rato, quase cético.
Quero me proteger do que venha acontecer neste abismo final.
Afinal, quero viver e morrer sempre
Por algo que me convenha!
Seguindo os traços de tua mão
Mantenho meus pés no chão,
Nada além do que mereço
Atento um sinal de apreço,
Com otimismo pra recomeçar.
Atravessar oceanos, caminhar desertos, sofrer desenganos.
Porque é por determinação
Que vivo e morro
Quantas vezes for necessário.