Solidão e alegria: uma zombeteira e outra amável
A Solidão é uma tal zombeteira
que me acompanha sadio ou doente.
Ou por natureza, ou ironicamente,
a mesma não sente uma dor nem canseira.
Descendo ou subindo sucesso ou ladeira,
da minha presença, ela não se isola.
Maltrata e amarga, enquanto consola.
Mas não sai no rosto nem fotografia —
onde eu apareço com a doce Alegria
que toma seu canto e, ao meu rosto, cola.
Décima com hendecassílabos.