Máscaras
O sonho bom trouxe à boca,
Migalhas do mal já passado,
Toque em choque de lábios,
Um final de poema assinado.
Ecoada em curvos rabiscos,
A palavra traçada pela voz,
Entre rimas do choro preso,
Foi recitada no quarto a sós.
Acorda o mundo sem pernas,
Sem dia, sem letras ou rosto,
Como zumbido, zumbi, zoom,
Sem céu, sem sal, sem gosto.