Tributos
Escravizei os meus dias e pulsos
Troquei liberdade por água e pão
Tracei história em contos avulsos
Tropecei passos entre sim ou não
Abordei do ventre a voz da boca
Ceguei da íris o colorido do olhar
Quebrei da ciência a razão louca
Arrombei o céu e o enchi de mar
Doei à pele seca o cheiro da vida
Calcei os pés com a sola vazada
Esviscerei a mente já corrompida
Deixei os tributos e recebi o nada