Amada
Alaridos da chuva no telhado
Quebram o silêncio, o vazio
Que em mim era mar bravio
Deixando-me, deveras, aliviado...
Se chorando as nuvens
Fico livre dessa asfixia,
Amanheço! É-me dia!
E sem demora me vens
Com seus olhos castanhos
Fitando-me como nos sonhos,
Motivo de toda minha alegria
Que de tanta o amor pulula!
Para tê-la tenho pressa, gula;
Corre aos meus braços, guria!