O MAR
Quem já viu o mar, ou sonhou com ele?
quem nunca o viu, revoltado ficou
não para não ver, mas pelo o que perdeu
e mesmo sem saber, sem querer, pensou
Ah! Mar, que coisa mais linda!
Cheio de água e sol
areia e praias lindíssimas
de outrora virgens, hoje poluídas
os míseros mortais que não lhe respeitam mais
são escravos do ego e da vaidade
desprezam sua beleza e suas benção
tratam-no como o esgoto do próprio cérebro
Cavaleiro do mar, apareça!
Leve esses incautos inoportunos embora
Use seu tridente e reestabeleça a paz
Salvando o planeta inteiro da tortura
Tu mar, que és tão calmo e revolto
tu, que joga teu perfume aos quatro cantos
suave brisa refrescante em dia de sol escaldante
Mar, meu amigo e confidente, chame teu cavaleiro
Tu mar, que és alegre e cheio de vida
hoje percebo tuas lágrimas na areia da praia
lágrimas que gritam sufocadas, cheias de mágoa
pelo descaso daqueles que vivem graças à tua vida
Mar, tu que és tão delicado
torna-te rocha duríssima e luta
chama teu cavaleiro com seu tridente
e, de suas lindas água, o Homem expulsa
Mar, tu que és o sangue do Universo
E bombeia tua vida em todos os cantos do planeta
Mar, tu que conheces todos os segredos
Chama teu cavaleiro e acaba com teu sofrimento
Quando tu és grande, ilumina o mundo
E mesmo pequeno, em poças límpidas
gera vida para continuar o ciclo
a roda gira compassiva em torno de teu amor
Mar, tu que és carinhoso como todos
Ilumina as almas dos insensíveis
Chama teu cavaleiro com seu mágico tridente
E expulsa de suas águas os homens todos
Da mesquinha e breve existência
O imbecil orgulhoso julga-se dono de ti
Pobre ridículo medíocre ser
Mal sabes que nem na morte,
Tuas águas, oh! mar, ele poderá ter
Não vês, oh! Homem imprudente
de tão arrogante és impaciente
e de tão cruel, tornas-te solitário
Qual outra espécie chega perto de ti?
Apenas os animais chamados "domesticados"
Palavra bonita para esconder a verdade
Que esses pobres animais, em realidade
Foram feitos teus escravos
Homem incauto, joga-se para longe
Deixa o mar gerar a Vida em paz
Foge, esconde-se nas cavernas
Pois o momento se aproxima
Em que, nem mesmo a mais rígida fortaleza
do mar revolto, te protegerá
Mar, tu que és gerador de Vida
Perdoa os iletrados
Estes obedecem a mentes cruéis
São tão vítimas quanto ti
Mar, escuta esta oração
Chame teu cavaleiro com seu mágico tridente
E restaura a paz na Terra que tu criaste
Mar, mar, mar, livre-se desta raça ingrata!