Golpe
Seu rosto parecia visível,
Candura tinha brilho no sorriso, sensível,
Mas o silêncio ocultava o impossível,
Lábia de uma pétala desnutrida,
Sua forma parecia favorável,
E quase ninguém farejava o fel,
Pois suas palavras sabiam a mel,
Mas o tempo revelou a real intenção,
Por detrás daquele período de encenação,
Golpeou duro e frio,
Como se mais ninguém conhecesse o silêncio,
Afastando-se a imagem da sua sombra
Para que pudesse caminhar na alfombra,
Distanciando-se da flor que compõe a rosa,
Golpeou a brisa que auscultava sua prosa,
Na passarela do dia em que queimam-se as cinzas,
Assim só o seu acto tem acção do momento,
O reconhecimento e ovação que quem
Não esteve por perto (...)
Imagem extraída do Google
(M&M)