LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA PÁTRIA
Feliz que guarda junta à alma o lar herdada
de paternas e maternas doces lembranças
a infância da pátria ainda em livros escolares
que nos faziam sonhar com um país verde
que val nos temporais da vida
ter a mão sobre o leme, olhos ao horizonte
contemplando a chuva forte que cai
no mar revolto, em balando agitado do navio
Qual porto o mar o vento nos levam à destino?
Qual maresia ainda virá, se virá?
Nunca poderei crê-lo! falta-me a certeza
Nunca poderei vivê-lo! Injusto fardo.
E aquele país sonhado de verdes pastos
Quais pessoas lindas que voam em meus sonhos
O futuro que se abria a cada novo aniversário
idade aumentado, certeza também, mas a esperança....
idade aumentado, certeza também, mas a esperança não
Ah! Esperança que transformei em sonho dourado
tomou-me de assalto e colocou-me em suspensão
vivi, trabalhei, mas não senti a Vida
vivi, trabalhei, mas não senti a Vida
Esta passou com meus olhos fechados
de tão dormentes em campos abertos
Viu o futuro tonar-se passado
Pesado fardo que carrego num país desmoronado
De tão machucado meu país, não há quem esteja feliz
De ti, oh! vida, poderei aproximar-me?
Mudo, turvado em lágrimas, certo que não
Ó terna terra, ó cara terra, venerada sombra
Era a Pátria de meus sonhos de misturas
Dos ricos bosques cheios de vida que nunca vi
Estas lágrimas gélidas que caem sobre o que escrevi
Pátria amada!, sim é amada
Mas te fizeram escrava
Pátria sonhada, aprendida nas escolas
Em livros mentirosos de palavras belas
Nada é verdade em minha Pátria
A tão sonhada e bela Pátria Amada
Que, de tão surrada, está desolada
E lágrimas gélidas caem pelo o que escrevi