LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA PÁTRIA

Feliz que guarda junta à alma o lar herdada

de paternas e maternas doces lembranças

a infância da pátria ainda em livros escolares

que nos faziam sonhar com um país verde

que val nos temporais da vida

ter a mão sobre o leme, olhos ao horizonte

contemplando a chuva forte que cai

no mar revolto, em balando agitado do navio

Qual porto o mar o vento nos levam à destino?

Qual maresia ainda virá, se virá?

Nunca poderei crê-lo! falta-me a certeza

Nunca poderei vivê-lo! Injusto fardo.

E aquele país sonhado de verdes pastos

Quais pessoas lindas que voam em meus sonhos

O futuro que se abria a cada novo aniversário

idade aumentado, certeza também, mas a esperança....

idade aumentado, certeza também, mas a esperança não

Ah! Esperança que transformei em sonho dourado

tomou-me de assalto e colocou-me em suspensão

vivi, trabalhei, mas não senti a Vida

vivi, trabalhei, mas não senti a Vida

Esta passou com meus olhos fechados

de tão dormentes em campos abertos

Viu o futuro tonar-se passado

Pesado fardo que carrego num país desmoronado

De tão machucado meu país, não há quem esteja feliz

De ti, oh! vida, poderei aproximar-me?

Mudo, turvado em lágrimas, certo que não

Ó terna terra, ó cara terra, venerada sombra

Era a Pátria de meus sonhos de misturas

Dos ricos bosques cheios de vida que nunca vi

Estas lágrimas gélidas que caem sobre o que escrevi

Pátria amada!, sim é amada

Mas te fizeram escrava

Pátria sonhada, aprendida nas escolas

Em livros mentirosos de palavras belas

Nada é verdade em minha Pátria

A tão sonhada e bela Pátria Amada

Que, de tão surrada, está desolada

E lágrimas gélidas caem pelo o que escrevi

Leandro Sarno
Enviado por Leandro Sarno em 17/02/2021
Código do texto: T7186820
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