Se me perguntarem...
Eu faço,
Por que não faço?
Se sempre faço?
Desde ontem estou cheio de poemas na cabeça,
E sempre se faz em uma progressão que desliza,
E se densifica,
Minha mente.
Ontem eu olhei no espelho e me assustei,
Vi um algo que não me pareceu nada,
E aí eu perguntei,
Onde fica o que costumeiramente sou?
Cadê as idéias?
Ontem eu me olhei no espelho e vi um rapaz,
E perguntei,ou melhor,
Quanto ao fato,não vi nada,
Ontem eu também pensei...
Cadê os pássaros,pois parecem que meus pensamentos voam,
Ou voam por conta própria?
Não,isso foi hoje,já foi...
Ontem e também hoje,
Eu percebo que nasci,
Não sei quanto p/ letras,
É quantitativo?
Eu não sei...
Não me parece tão estranho ler Álvaro de Campos,
Me parece tão comum,
Quanto eu estivesse pensando.
Seria Álvaro de Campos também eu?
Que campo...
Seria o póstumo que se identifica?
O anterior definiu por demasiada gente,
Eu em,
E eu me preocupando com o que vou escrever,
Deixa ir,
Deixa só ir,
Vai!
Vai!
Álvaro de Campos
Rs...
Eu só sei que se perguntarem quem eu sou,
O que direi mesmo?
Quais os elementos constitutivos nas minhas poesias?
Bem,
O que quero dizer é,
Quais os elementos quantum quase que como axioma que em cadeia é o cerne ou lógica crivo da minha psiquê?
Seria demasiado complexo me definir,
Por isso,
Não me perguntem quem sou,
E se estou bem,
Ou melhor,
Não me perguntem nada,
Não nasci pra dar respostas,
Até onde eu saiba,
Eu nasci...
Eu em
Rs,
Cambada de estranho.
Se me perguntarem
...