PEDRA SABÃO.

E na escultura,

Por onde tuas mãos

Passeavam

Meus contornos,

Esmaecida,

Fingia-me de morta.

A cada detalhe,

Ia ganhando vida...

E, na perfeição

Dos entalhes

Em gestos hábeis

E decididos

Que, aos poucos,

Contorcias e

Retorcias,

Ressuscitavas

A paixão,

Que tristemente

Adormecia,

Entre a pedra

E o sabão.

Elenice Bastos.