CINZAS
Cinzas, cinzas e nada mais.
Assim descrevo o nicho,
Que aplaca o hodierno viver.
Resta cinzentas euforias,
No cinzeiro que crema
A matéria da alma.
Provocando calefação,
Que dilacera coração.
Cinzas do egoísmo,
Platon da arrogância.
Das indulgências enganosas,
Dos desejos efêmeros.
Calentura global,
Cinéreo mundial.
Que muralizou até o brilho,
Das serpentinas, confetes e purpurinas.
Mas ainda resta uma fagulha.
Pra bateria fluir na avenida.
Ressurgindo das cinzas,
Grajeando o palco da vida.
Que as cinzas se dissipem,
No postar das mãos,
E no elevar da visão.
E a vida venha ressurgir,
Com amor, paz e união.
Negra Aurea: 17/02/2021.