CORUJAS DA MANHÃ
Afronta a poesia o incerto futuro,
Se a cor do nada será a cor do ar,
Se a esmo será inalado o impuro,
Todas corujas sumirão ao clarear.
Acende o dia iluminado por velas,
Com almas ensaiando a alvorada,
Num solitário quarto sem janelas,
A boca abafa e frisa a voz calada.