Não existem paraísos
O corpo acata o hoje e degenera
Por aqui a vida assola endêmica
Vil, a esperança matou a espera
Foi-se há muito a utopia edênica
A arte fantasia as sombras da lua
Por lá deporta astronautas e lobos
E aterriza numa imagem fria, crua
Foi-se há pouco o riso dos bobos