ORQUESTRA DO INFINITO
por Juliana S. Valis





Tropeçando em letras,

Os verbos diluem-se como estrelas sós

Paralelamente ao amor que nós

Desenhamos no ardor da alma,

Como a esperança retida, bem aqui, na voz

Da vida, em cada acorde e sinfonia,

Seja noite ou seja dia,

Na orquestra do infinito...





E, de súbito, ouve-se um grito,

Será de amor ? Será de paz ?

Mas nada perfaz o tudo aflito,

Na transcendência do que jamais

Saberemos exatamente como fora dito:

Verso displicente que essa vida traz...




 E um disperso lapso de tempestade

Queria compor músicas na escala do amor,

Mas, repentinamente, eis que o vento invade

O sentimento insigne do que nos restou

Em cada só momento dessa humanidade,

Orquestra que o infinito - sempre, enfim - tocou.







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