Apetece-me...

Prefiro as reticências,

Para deixar que as palavras se encaixem,

Dentro de cada experiências,

E não extrapolam os limites,

E se limitem apenas nas margens,

Sem ondas selvagens,

Ou tão pouco tatuagens,

Gestos ou linguagens,

Pese embora me apetecia,

Desvendar os mistério na tua pele,

Sincronizar cada som e trazer a magia,

Para que eu pudesse buscar emoção do corpo,

Mas limito-me a conhecer o silêncio,

Na mera ilusão de elogios,

Como flores efêmeras ao sol,

Que não conservam o brilho,

Pois possuem a originalidade,

Apetecia-me mesmo de verdade,

Ouvir-te a uivar,

E soltar em ti essa loba,

Esse arfar,

Nesse corpo inocente,

Que queima por inteiro,

Quando a fome do prazer rosna,

E rasga de excitação cada pedaço da pele,

Na explosiva inspiração de pêlos arrepiados,

E uma vontade julgada das culpas ocultas,

Que o medo impulsiona na mente,

Dessa dualidade entre o querer e a vontade,

Deixando por e entre linhas para se preencher,

Quando do ser menina desabrocha a mulher,

Mas, a razão a faz recurar, apreciando de longe,

A inocência do prazer (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 15/02/2021
Código do texto: T7185078
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