Apetece-me...
Prefiro as reticências,
Para deixar que as palavras se encaixem,
Dentro de cada experiências,
E não extrapolam os limites,
E se limitem apenas nas margens,
Sem ondas selvagens,
Ou tão pouco tatuagens,
Gestos ou linguagens,
Pese embora me apetecia,
Desvendar os mistério na tua pele,
Sincronizar cada som e trazer a magia,
Para que eu pudesse buscar emoção do corpo,
Mas limito-me a conhecer o silêncio,
Na mera ilusão de elogios,
Como flores efêmeras ao sol,
Que não conservam o brilho,
Pois possuem a originalidade,
Apetecia-me mesmo de verdade,
Ouvir-te a uivar,
E soltar em ti essa loba,
Esse arfar,
Nesse corpo inocente,
Que queima por inteiro,
Quando a fome do prazer rosna,
E rasga de excitação cada pedaço da pele,
Na explosiva inspiração de pêlos arrepiados,
E uma vontade julgada das culpas ocultas,
Que o medo impulsiona na mente,
Dessa dualidade entre o querer e a vontade,
Deixando por e entre linhas para se preencher,
Quando do ser menina desabrocha a mulher,
Mas, a razão a faz recurar, apreciando de longe,
A inocência do prazer (...)
(M&M)