METAMORFOSE
Camaleando vou,
nessa humana floresta,
mimetismos necessários
de sobrevivência …
cores, luzes
esconderijo.
Vejo o que sou,
à luz tênue da lanterna,
sincretismos encarquilhados,
e não sou nada disso.
Grumos que disfarçam
a casca ressequida
antiga, quebrada
e o novo revelado,
a cor definida,
iluminada.
Vejo quem sou,
desnudada ao sol,
entregue ao nada,
nele tudo posso,
nele tudo sou.