METAMORFOSE

Camaleando vou,

nessa humana floresta,

mimetismos necessários

de sobrevivência …

cores, luzes

esconderijo.

Vejo o que sou,

à luz tênue da lanterna,

sincretismos encarquilhados,

e não sou nada disso.

Grumos que disfarçam

a casca ressequida

antiga, quebrada

e o novo revelado,

a cor definida,

iluminada.

Vejo quem sou,

desnudada ao sol,

entregue ao nada,

nele tudo posso,

nele tudo sou.

Ana Maria Souza Pereira
Enviado por Ana Maria Souza Pereira em 13/02/2021
Código do texto: T7183819
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