Quasímodo

Ele não nasceu assim
À custa de pesos e de grilhões
Sua silhueta mudou
E ao invés de homem elegante
Surgiu o monstro repugnante!
Um Deus cruel e indiferente
Suas costas sadicamente arqueou
Mas ele se fez poeta, com suas rimas
Tortas como sua sina
Sina que dói, na alma e na carne
Como fincadas, rasgando a espinha
Mas não há de ser nada...
Se fez poeta a cantar suas musas,
Porém escuso
Afim de que não o descubram
E vejam somente as suas costas tortas
Não mais suas ilusões mortas
E ao invés de honrarias
Receba apenas escárnio e zombaria.
Sergio Vinicius Ricciardi
Enviado por Sergio Vinicius Ricciardi em 12/02/2021
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T7182747
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