Nada
Duas de mim, relutando entre a realidade
e a fantasia ... Um lado domina a ilusão
de liberdade, duas almas presas no nada,
e lá fora se encontra a tristeza e a alegria.
Almas vencidas, sem achar a solução
do que adianta agora a razão ou a emoção.
Quero o instante único na fuga dessa prisão,
o querer vai aumentando, não tem janela,
portas ou portão.
O dia hoje se fez um dos mais silenciosos
e não calou o que por dentro vai aos poucos
martelando, caiu sobre minha alma
a noite ainda muito mais calada que todas
as outras, foi o dia inteiro assim e entrou
pela noite coberta por nuvens escuras,
mas não senti falta do azul do céu, tem dias
que não queremos muito da vida, uma vez
que nem sei de mim.
Em nenhum momento surgiu por dentro
qualquer esperança, sequer lembranças
de um tempo feliz, a minha alma sempre
entregando-se por inteira à tristeza que
não está triste, não está nada.
É algo que desconhecemos em nós,
e que sem sabermos existe de forte
e verdadeiro, nesse final de estrada.
Os pensamentos se tornaram lentos, não sou
o começo, o fim, nem o centro.
Veio uma preguiça de sonhar, mas o dia foi bem
dormido, desses dias em que nem a alimentação
ganha o seu devido valor, dia de tédio,
a alma está de repouso, e nada quer aceitar.
Ela sabe que para certas coisas não tem remédio.
Momentos que a alma só quer descansar
até para sempre se for o caso ...
É quando encosta as suas asas n'um canto
do quarto, julga que nunca mais vai querer
usá-las, não se sabe; -Por cansaço, tédio
ou medo de se aventurar, só não quer sonhar!
Sente tantas vontades tão bem guardadas,
sufocadas, desses sonhos de pássaros dentro
de uma gaiola que já nem pensa em cantar
e esqueceu como é voar, somente
em seu sonho inalcançável ao nada,
talvez essa noite irá se entregar.
Duas de mim, relutando entre a realidade
e a fantasia ... Um lado domina a ilusão
de liberdade, duas almas presas no nada,
e lá fora se encontra a tristeza e a alegria.
Almas vencidas, sem achar a solução
do que adianta agora a razão ou a emoção.
Quero o instante único na fuga dessa prisão,
o querer vai aumentando, não tem janela,
portas ou portão.
O dia hoje se fez um dos mais silenciosos
e não calou o que por dentro vai aos poucos
martelando, caiu sobre minha alma
a noite ainda muito mais calada que todas
as outras, foi o dia inteiro assim e entrou
pela noite coberta por nuvens escuras,
mas não senti falta do azul do céu, tem dias
que não queremos muito da vida, uma vez
que nem sei de mim.
Em nenhum momento surgiu por dentro
qualquer esperança, sequer lembranças
de um tempo feliz, a minha alma sempre
entregando-se por inteira à tristeza que
não está triste, não está nada.
É algo que desconhecemos em nós,
e que sem sabermos existe de forte
e verdadeiro, nesse final de estrada.
Os pensamentos se tornaram lentos, não sou
o começo, o fim, nem o centro.
Veio uma preguiça de sonhar, mas o dia foi bem
dormido, desses dias em que nem a alimentação
ganha o seu devido valor, dia de tédio,
a alma está de repouso, e nada quer aceitar.
Ela sabe que para certas coisas não tem remédio.
Momentos que a alma só quer descansar
até para sempre se for o caso ...
É quando encosta as suas asas n'um canto
do quarto, julga que nunca mais vai querer
usá-las, não se sabe; -Por cansaço, tédio
ou medo de se aventurar, só não quer sonhar!
Sente tantas vontades tão bem guardadas,
sufocadas, desses sonhos de pássaros dentro
de uma gaiola que já nem pensa em cantar
e esqueceu como é voar, somente
em seu sonho inalcançável ao nada,
talvez essa noite irá se entregar.