Ah! Limoeiro...
 
Manhã qualquer, não fosse a flor
Tão miúda, tão branca e o olor
debaixo de minha janela...
Ah! Floresceu lá o limoeiro,
nem mais ingênuo e nem brejeiro,
apenas uma flor singela...
 
Ímpetos de poeta tive,
pois, ainda em mim sobrevive
sede de versos que me espanta.
Limoeiro tua flor em prece
alguma rima me apetece,
outras ficam pela garganta...
 
AH! Limoeiro esse teu florar
tem coisas de partir, ficar...
Coisas de nasceres e lutos...
E diante de ti confesso:
espanta-me todo o processo
das flores se tornarem frutos.
 
 
 
Hoje de manhã olhei pela minha janela da cozinha como sempre faço todas as manhãs quando levanto e cumprimento o mundo e prestei atenção no limoeiro do quintal do vizinho, cheio de flor e ai surgiu essa inspiração poética. cliquei o pezinho de limão tão tímido lá embaixo. O poema, confesso não saiu dos melhores. Estou tentanto, me forçando a escrever para passar o tempo e não pensar na situação dificil que minha cidade  está vivendo com essa pandemia. O cerco fechando e a gente parece que vai ficando encantoado. Minha cidade é pequena demais pra tantos casos. Vi agora o boletim e me asustei mais do que já estava. Enfim...  Deus no comando sempre.