O Poeta Desviado

Vendendo seus versos
A preço de ocasião
O poeta desviado
Toma a inspiração...
Emprestada?
Ou não...
As palavras maquia, com brilhos as veste
E entre um ou outro esquete
Eis que surge a atriz exagerada,
A sublime vedete!
Seus poemas lúbricos a venderem
Prostituídas sensações
E a escrita, por outros tão bem quista
Vira então um Teatro de Revista!
Entre curvas, pernas à mostra e tantas plumas
O desviado, esquivo, conta o caixa dos ingressos
E a plateia desavisada
Nem desconfia - a carteira furtada
Que aquilo não é poesia, sentimento
Aquilo é menos que nada...
Sergio Vinicius Ricciardi
Enviado por Sergio Vinicius Ricciardi em 10/02/2021
Reeditado em 10/02/2021
Código do texto: T7180984
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.