Arrogante

O ar roga preces

Ante sua carcaça

Seus sopros

Enquanto adormece

Mais um corpo

Que nada foi tanto

Arrogante e perdido

Como todos,

Um corpo sofrido

Um ser indefeso

Que dentro de si,

Foi preso

Suspirando o ar

Sutil do desespero

Orbitando-se

Em maus passados

Orgulho ferido,

Eterno fardo

Arrogante, ante o ar

Rogando pragas

Que não podem tocar

Ar que roga

À todas as coisas

Ante o mundo

Existe em tudo

Um grande alheio,

Indiferente,

Sedutor e arrogante