É preciso acreditar
O dia de hoje nasceu cinzento,
ventoso e muito chuvoso.
A manhã está cinzenta,
triste, digo até sombria
A chuva cai forte e grossa
o vento forte assobia,
e eu na janela a observar
vejo algumas arvores dobradas
ao poderosíssimo vento,
as arvores de folha perene
como a magnólia e a oliveira
perdem flor e fruto com a chuva
forte e grossa que cai sem parar,
parecendo-se com uma batedeira,
Aqui estou a observar e a divagar,
Imaginando mil e uma poesias
Com este quadro da mãe Natureza
E a sua forte, mas bela sinfonia.
Pensei eu que o cinzento do dia
Me traria uma triste nostalgia,
Mas não, a vida e sua musicologia
Trouxeram-me uma positiva energia
e outra vez reparei que em mim
A vontade de viver é uma proeza
E que nunca sou de desistir e de ver,
De sentir e ouvir a vida a bulir…
E creio que é Deus que nesses sentidos,
Com estes sons e momentos mais contidos
Que de vez em quando costumo ter
Que Ele me apresenta a solução
Do que eu preciso para meus dias viver.
De sempre insistir, de sonhar e acreditar,
De escrever um poema ou poesia,
E que vale a pena viver, pois há muito
Para ver, ouvir, sentir e extravasar
Através de palavras, poemas
ainda temos o dom de amar
E viver é poder bem alto gritar
“Eu acredito e sempre irei acreditar”!