Divagar, Devagar
O vento levanta a poeira da estrada
E o sol deixa o caminho mais árduo
Ele vaga sozinho e pela imensidão divaga
Pensando nos momentos felizes nunca vividos
Tudo parece mais distante
Quando se caminha sem direção ou destino
As flores da estrada já não são tão radiantes
Exauridas pela amargura do calor vespertino
A noite chega
Carros passam, luzes passam
Só a tristeza continua ao seu lado
Como sua única companheira
E assim o andarilho continua a vagar
Sem saber aonde ir ou quando vai chegar
Sem parar para sorrir ou sonhar
Vivendo apenas para vagar, divagar