POEMA PARA DRUMMOND

Nascido em Itabira,

No estado de Minas Gerais

Onde desde muito cedo

Demonstrou talento sem igual

Com apenas treze anos de idade

Já pertencia ao Grêmio Dramático e Literário

Em sua cidade natal.

Ainda adolescente

Começou a escrever de forma marcante

Em jornais e revistas da grande Belo Horizonte

Assim como também no Rio de Janeiro

Escreveu como estreante!

Em seu primeiro livro,Alguma Poesia

Primeira obra prima ao nosso dispor,

Desnuda-se poeticamente e sem pudor

Revela a franqueza, que beleza!

Ao olhar um labirinto de pernas brancas, pretas, amarelas...

E culpa a Deus, por ter-se abandonado ao inflamável calor...

Demonstra em sua obra,A Rosa do Povo,

Consciência de cidadania; já não pensa somente em si,

Mas na vida, sina, lida e agonia da massa sofrida!

A morte, ah! a morte!

Tema sempre presente em sua poesia,

Deixou-a bem registrada quando disse:

Acordo para a morte, barbeio-me, visto-me, calço-me,

É meu último dia!

Oh! Meu grande poeta, sinto na alma

Angústias e anseios, pois como você,

Sou dada a intermináveis devaneios...

E a morte é um tema de que também não tenho receio.

Sinto-me presa, às vezes, ao remoto passado,

Cercada de grandes, fortes e imaginárias grades

Onde me sinto em segurança, em meio a lembranças,

Meu poeta, Carlos Drummond de Andrade!

Os áureos tempos vividos, na sua longínqua infância,

Descritos em sua poesia, deixam-me extasiante

Neste poema, quero homenageá-lo,

como simples poetiza iniciante e,

Creia-me, de onde estiver, bem no alto, espero,

Muitos, como eu, reverenciam a sua obra e ações,

Objetivando a perpetuação para as novas e futuras gerações,

Assim como os seus dizeres e verdades.

Fique em paz, grande poeta, muita paz na eternidade!