REVERÊNCIAS
Jamais o sol vê a sombra.
Leonardo da Vinci
Lestemente o sol raia revolto em luz.
A montanha o conteve por instantes.
O dossel suspira tênue névoa dourada,
Hálito das fadas, das ninfas, dos duendes...
Vorazmente o sol espraia nutre desnuda.
A montanha oferece a caverna de Sibila.
O mar de profundas profundezas fundas,
É astuto e misericordiosamente acolhedor.
Oestemente o sol escorrega em poente.
A montanha boceja silêncios ebanizados.
O breu da noite descortina as estrelas,
E a lua me sorri e me convida a me viver.