REVERÊNCIAS

Jamais o sol vê a sombra.

Leonardo da Vinci

Lestemente o sol raia revolto em luz.

A montanha o conteve por instantes.

O dossel suspira tênue névoa dourada,

Hálito das fadas, das ninfas, dos duendes...

Vorazmente o sol espraia nutre desnuda.

A montanha oferece a caverna de Sibila.

O mar de profundas profundezas fundas,

É astuto e misericordiosamente acolhedor.

Oestemente o sol escorrega em poente.

A montanha boceja silêncios ebanizados.

O breu da noite descortina as estrelas,

E a lua me sorri e me convida a me viver.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 06/02/2021
Reeditado em 08/02/2021
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