Alto lá!
A palidez da lua
sobre a fluidez da rua
que corre para descansar.
Nos edifícios ensimesmados,
indiferentes, calados,
elevadores pra lá e pra cá.
A manhã não demora.
A noite devora as horas
entre deitar e acordar.
Logo volta, portanto, a rua
e o sol em vez da lua
é que faz a rua voltar.
Se a terra fica dourada
ou mesmo prateada
quem é que vai reparar?...
- Ninguém! É a resposta da precipitação.
- Alto-lá! Se insurge a ponderação:
- Há de haver um poeta, se ainda há sol e luar.
A palidez da lua
sobre a fluidez da rua
que corre para descansar.
Nos edifícios ensimesmados,
indiferentes, calados,
elevadores pra lá e pra cá.
A manhã não demora.
A noite devora as horas
entre deitar e acordar.
Logo volta, portanto, a rua
e o sol em vez da lua
é que faz a rua voltar.
Se a terra fica dourada
ou mesmo prateada
quem é que vai reparar?...
- Ninguém! É a resposta da precipitação.
- Alto-lá! Se insurge a ponderação:
- Há de haver um poeta, se ainda há sol e luar.