João-de-Barro

João-de-Barro bailando

Iluminando a escuridão

Vaga-lume de um sonho

Suave penugem nas mãos

Na boca, apenas um pingo de luz...

Hipnotiza

Esquece a dor

O instinto lhe cobra um lar

Por um único motivo

Uma canção de ninar inacabada

Embalar; fazer dormir a criança

Que esquecera de amanhecer.

Sou um traço – respondi

Ancorando minha casa de tapume

Um risco que logo o sol queima

A chuva leva

Por que não nasci pássaro?

Vida curta e esplendorosa

A cantar enquanto resta o barro.

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 15/11/2005
Código do texto: T71771
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