Descaminhos
Tenho andado por tantas vielas tortas
Topado com tantas encruzilhadas
Velas pretas
Galinhas mortas...
Talvez seja por isso que a vida
Parece estar andando pra trás?
De vez em quando, com alguma vergonha
Eu ando na rua da luz vermelha,
Tentando afogar com um pouco de cachaça, de dinheiro e de borracha
Meus afetos renegados e não correspondidos
Sonhos perdidos?
Mas nada disso me resume, na verdade
O que eu sou é um ser fechado
Para a vida, as amizades, um amor, quem sabe?
Quero viver trancado e sozinho
Não quero mais passar por esses descaminhos...
Olho o mapa da cidade
Como se examinasse
A anatomia de um morto
É nem que fosse eu morto...
(Corruptela de O Mapa - Quintana)