Bate a porta atras de si
depõe o sobretudo marrom no cabideiro
Um carrocel de espuma 
e o morto aviva o senho
O vulgar ceva o fraco
Ceva  o cervo carpideiro
Comprimidos sobre o criado mudo
este nao fala 
Nem se põe à escuta 
Freud ficava atras do paciente
Jung encarava nos olhos
De que lado ficam as almas mortas
Gogol só foi um só
O kremelin de Putin resiste
o fraco tomba 
um copo de vinho e a vizeira sobre a mesa
versos caem versos morrem
Como as tumbas floridas
dos guerreiros mortos
Ave que a noite as aves se recolhem
e os mendigos ancoram pelas ruas vazias
enquanto se matam as flores
as flores tem ossos
as flores são cadáveres disse o poeta
a escarradeira abana o leque
A mariposa dança sobre a luz do abajour
a crueza do leito frio de um hospital
É memória singular
e de um medico monstro 
e de um poeta também
sem nome
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