Sentado na rua.
Aqui estou,
Mas não me cabe lugar algum.
Meus pés que antes eram firmes
Agora são lembranças quase apagadas
Como pegadas que o mar levou.
No meu couro,
A tinta ainda habita, colorindo em preto a
Juventude apagada pelo sol e pelo tempo.
Eu fui ,
E não mais voltei, perdido entre as máquinas
De ferro e carne, condenado a sempre olhar para o céu, batendo palmas, esperando no mesmo lugar em que o tempo me deixou,
Murmurando meu mantra e me convencendo
Que o nem tempo, nem nínguem me abandonou.