Dimensão lúdica

Em tempos de degenerescência

A mente coletiva opera em banzos

Sistema linear

São mui estruturas de rigidez

E tamanha é a escassez

De risos, cores e toda a levez

Tornando o plano tridimensional acinzentando

O halo eletromagnético é permeado

De vibrações de medo, tristeza, angústia e insensatez

Não se aspira da fonte a devida oxigenação

Infectamos até o vasto pulmão

E desligados da conexão

As mentes chafurdam-se na doce ilusão

Com os corpos pesados

Criamos a atmosfera densa dos desalmados

Auto lá!

Movimente-se na cadência

Aonde vai com tanta urgência?

E para-quê serve essa tal da razão?

Silencie-se

Dê abertura

Permita a energia girar como canção

Carecemos de permitir a via do sentir e a espontaneidade de expressão

Soltando os pseudo-controles

E a falsa segurança que nos faz cristalizar

Desbloqueando o fluxo das águas

Que o aqui-agora, estás a limpar

Que recusemos a "síndrome do mais do mesmo",

O viver a esmo

A desconstrução dos semblantes de tensão

Um basta...Aos condicionamentos de zumbimento

É hora de sustentarmos outra emanação

Que adentremos em n'ssa dimensão lúdica

Sem amortecimentos

Despertando a florescência interior

Incutindo na existência os risos

E alargando as almas

Por favor!

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 02/02/2021
Reeditado em 28/01/2022
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