AFOITA
No leito das vozes caladas,
Onde não há prados,
Onde roguei para que germinasses,
Lancei-te naquele terreno sadio,
Imaginei-te a brotar no silêncio,
Fora do vento sombrio,
Onde só houvesse aragem,
Mas, hoje chovem cristais de lágrimas,
Em meus olhos hidrófilos,
Onde o pranto canta em minhas pálpebras,
Pela investida do tempo incerto,
Daquela brisa cheia de enigmas,
Preenchidas com setes letras,
Que atormentam a mente e o coração,
Selvagem sentir, deixa-me a esmo da razão,
Da qual nem a consigo entender (...)
(M&M)