SINESTESIA
Parado por um instante, numa rua movimentada,
Vendo os transeuntes no vai e vem do dia a dia,
Quantas histórias ali contidas? Pensei!
Quem são estes..., dos passos apressados?
Quais os mistérios guardados
Em seus presentes e passados?
Consequentemente, cheguei a mim,
Sou mais um em meio à multidão!
Sou uma história,
Com derrota e com vitória
Com “cruz” e com glória.
Concluindo então: como podemos julgar?
Como “pintar” o quadro de alguém,
Só por sua aparência?
Sem nenhuma vivência,
Sem saber do seu eu?
E como na cabeça de poeta,
Tudo se transforma em poesia,
De uma observação concreta,
Deu-se uma sinestesia.
Ênio Azevedo