SINESTESIA

Parado por um instante, numa rua movimentada,

Vendo os transeuntes no vai e vem do dia a dia,

Quantas histórias ali contidas? Pensei!

Quem são estes..., dos passos apressados?

Quais os mistérios guardados

Em seus presentes e passados?

Consequentemente, cheguei a mim,

Sou mais um em meio à multidão!

Sou uma história,

Com derrota e com vitória

Com “cruz” e com glória.

Concluindo então: como podemos julgar?

Como “pintar” o quadro de alguém,

Só por sua aparência?

Sem nenhuma vivência,

Sem saber do seu eu?

E como na cabeça de poeta,

Tudo se transforma em poesia,

De uma observação concreta,

Deu-se uma sinestesia.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 02/02/2021
Código do texto: T7174699
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