MIRTES E O RETORNO DE JESUS
MIRTES E O RETORNO DE JESUS
O vento dá a luz onde
o terror começa no escuro
Não há passos não ouvidos
Não há ouvidos surdos
diante da coisa sem nome
O nome vem dizendo por
perturbações no vento
Vem escrevendo paredes
A sede mostra o gosto
que a água podia ter
se a água pudesse estar
por perto no unido frio
A caverna está morta
de pedras agudas poças
envenenadas profundas
morcegos mortos esqueletos
apostos apóstolos de um
Cristo que nunca veio
dependurada cruz que brilha
no centro queimado do osso
daquele que ficou no chão
entre os insetos e as larvas
como se o metal fosse
um escudo contra o mundo
Que nunca teve sua voz
Esta locução medonha!
"Descreve o puro na farsa"
e termina porque abraça
o santo imortal falante
que ouviu desde criança...
Alcança o fosso aberto acima
estrelas brilham nas lágrimas
do idiota que terras nem dedos
Sangram unhas nas pedras
subir é maior que sua dor
ver o capim e as ervas do
Rastejo sobre brejo fumacento
tem a alegria de poucos
Ficou louco ao voltar do abismo
Ficou esquecido na travessa
entre muitos que não viram
O que a verdade causa....