Águas Correntes
Sentado às margens de um rio de água azul
Daquela pedra podia ver de norte a sul
Águas correntes levaram os pensamentos
Gotas da chuva em atritos barulhentos
E os meus tormentos, rio abaixo.
O rio azul parecia o céu!
Lá embaixo, a queda d’água,
Espumava o seu véu
Como o pensamento, em mim, deságua.
Mágica visão!
Tão belo e hipnotizante!
As águas correntes
Do meu rio azul.
Banhei-me, sem que da pedra levantasse,
Banhei-me de beleza
Do azul-céu
Do rio que corria em minha vida.
Sentado sobre a pedra
Tal e qual a escultura
De Drummond em Copacabana
Não vi carros circulando
Nem turistas andando,
Mas eu vi, sobre as águas correntes,
A minha vida passando.
Ênio Azevedo
Sentado às margens de um rio de água azul
Daquela pedra podia ver de norte a sul
Águas correntes levaram os pensamentos
Gotas da chuva em atritos barulhentos
E os meus tormentos, rio abaixo.
O rio azul parecia o céu!
Lá embaixo, a queda d’água,
Espumava o seu véu
Como o pensamento, em mim, deságua.
Mágica visão!
Tão belo e hipnotizante!
As águas correntes
Do meu rio azul.
Banhei-me, sem que da pedra levantasse,
Banhei-me de beleza
Do azul-céu
Do rio que corria em minha vida.
Sentado sobre a pedra
Tal e qual a escultura
De Drummond em Copacabana
Não vi carros circulando
Nem turistas andando,
Mas eu vi, sobre as águas correntes,
A minha vida passando.
Ênio Azevedo