Instinto

Debruçada sobre o parapeito

Da janela de minha alma

Observo o que habita em mim.

São tantos os medos...

Mas para eles não bato palmas

Vou seguindo até o fim!

Medos não me paralisam

Enfrento-os com as mãos trêmulas...

Nem sempre consigo vencê-los

Mas minhas vontades se arriscam

E tomo atitudes extremas

Para transformar fogo em gelo.

Em minh'alma também correm

Alvoroços incessantes de inquietudes

Que laçam as quietudes e as confrontam ...

Tantos sonhos sucumbem e morrem

Outros tantos viram infinitude

E nas águas do talvez se molham!

Ah... as dúvidas e as incertezas

Desfilam com traje de gala na minha frente

Fazendo pouco caso daquilo que sinto!

As certezas são lançadas na correnteza

E seguem o curso plenamente

Como o animal segue seu instinto...

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 01/02/2021
Código do texto: T7173908
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