Instinto
Debruçada sobre o parapeito
Da janela de minha alma
Observo o que habita em mim.
São tantos os medos...
Mas para eles não bato palmas
Vou seguindo até o fim!
Medos não me paralisam
Enfrento-os com as mãos trêmulas...
Nem sempre consigo vencê-los
Mas minhas vontades se arriscam
E tomo atitudes extremas
Para transformar fogo em gelo.
Em minh'alma também correm
Alvoroços incessantes de inquietudes
Que laçam as quietudes e as confrontam ...
Tantos sonhos sucumbem e morrem
Outros tantos viram infinitude
E nas águas do talvez se molham!
Ah... as dúvidas e as incertezas
Desfilam com traje de gala na minha frente
Fazendo pouco caso daquilo que sinto!
As certezas são lançadas na correnteza
E seguem o curso plenamente
Como o animal segue seu instinto...