SÓ ETERNO É O AMOR
SÓ ETERNO É O AMOR
Manoel Belarmino
Quando a bala vara o peito
E perfura a essência da alma,
Sangra a alma e rasga-se o corpo
E o cérebro em frio se acalma.
E finda-se a vida e o tempo
Mas acaba o desespero.
O abandono fez o fim.
Chegou o tempo derradeiro.
Coração rasgado, sangra,
Inundando a alma fria,
Pútrefa, fúnebre, finita...
Profunda morte-agonia.
Morre a alma antes do corpo.
Desaparece, some, a dor.
Tudo morre, decompõe-se,
Somente eterno é o amor.