ASSOBERBADOS

“Entronados” e a vida dos “ralos” não podem ver.
Vivem no “palco” dos seus próprios “festivais”
E não se importam se lá embaixo, não podem ter.


“Reis” de finos tratos
E os “trapos” a perecer.
Acumulam “tesouros”
E os seus “ouros”,
Seus deuses.

Cegueira insana
Não é aquela que dos olhos se emana,
Mas aquela que a alma engana
E faz sacana, o pobre ser.


E quando desmoronar
Essa “cachoeira” de bens,
Transformar-se-á num “rio” de lágrimas
Para que aprenda com os seus desdéns.

O problema não é o ter,
Mas o ser,
Que “apodreceu” a essência d’alma
Dessa vivalma
Que se perdeu.



Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 28/01/2021
Código do texto: T7170704
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