SOLIDÃO DIGITAL
por Juliana S. Valis
Vivemos a era da solidão digital,
Cada vez mais presente e compartilhada
Entre milhões de pessoas, nessa longa estrada
Entre a realidade incerta e o mundo virtual...
Vivemos também, no fundo, a solidão real,
Humanamente singular e coletiva,
Oscilando em máscaras, por bem ou mal,
No baile de aparências que a sociedade ativa,
Em redes múltiplas de uma história sem final
Do que seria a "verdade" em toda narrativa
Das interações humanas que nos conectam
Entre inúmeras imagens, na sensação furtiva
De estarmos, talvez, virtualmente próximos,
Mas, simultaneamente, distantes de nós mesmos...
Vivemos, assim, uma solidão compartilhada,
Como namorados virtuais, numa paixão platônica,
Que sempre se amaram porque nunca se viram
Profundamente, sem máscaras, em suas ilusões...
Vivemos, portanto, essa tecnológica contradição
De estarmos simultaneamente próximos e distantes,
Sempre vendo em telas alguma distração,
Entre janelas da mente virtuais e errantes,
Entre vários ruídos de comunicação,
Projetando falas que ninguém talvez escuta,
Pois nunca houve tanta gente no mundo,
Mas nunca se viu tanta solidão...
Se, em vez disso, talvez a solitude
Pudesse ensejar outra reflexão,
Com mais autoconhecimento e virtude,
Veríamos com mais consciência o que são
As impressões de todo sentido que cuide
Do equilíbrio entre a alma, mente e coração,
Sem projetar nos outros a perfeição que não temos,
Entre infinitas telas e imagens que vêm e vão.
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https://literaturadigital.recantodasletras.com.br
por Juliana S. Valis
Vivemos a era da solidão digital,
Cada vez mais presente e compartilhada
Entre milhões de pessoas, nessa longa estrada
Entre a realidade incerta e o mundo virtual...
Vivemos também, no fundo, a solidão real,
Humanamente singular e coletiva,
Oscilando em máscaras, por bem ou mal,
No baile de aparências que a sociedade ativa,
Em redes múltiplas de uma história sem final
Do que seria a "verdade" em toda narrativa
Das interações humanas que nos conectam
Entre inúmeras imagens, na sensação furtiva
De estarmos, talvez, virtualmente próximos,
Mas, simultaneamente, distantes de nós mesmos...
Vivemos, assim, uma solidão compartilhada,
Como namorados virtuais, numa paixão platônica,
Que sempre se amaram porque nunca se viram
Profundamente, sem máscaras, em suas ilusões...
Vivemos, portanto, essa tecnológica contradição
De estarmos simultaneamente próximos e distantes,
Sempre vendo em telas alguma distração,
Entre janelas da mente virtuais e errantes,
Entre vários ruídos de comunicação,
Projetando falas que ninguém talvez escuta,
Pois nunca houve tanta gente no mundo,
Mas nunca se viu tanta solidão...
Se, em vez disso, talvez a solitude
Pudesse ensejar outra reflexão,
Com mais autoconhecimento e virtude,
Veríamos com mais consciência o que são
As impressões de todo sentido que cuide
Do equilíbrio entre a alma, mente e coração,
Sem projetar nos outros a perfeição que não temos,
Entre infinitas telas e imagens que vêm e vão.
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