Quietamente

Quieta, mente!

Não solte nada!

Aquieta um instante

Essa voz minha, calada.

Que pedante você!

Passa quietamente

Pelo deslize do tempo,

Esse derrotista resiliente.

Vai aonde podes ver o dia,

Deixa os sentidos atuarem,

Para de arrastar-se

Nas vielas sombrias.

Praquele mundo perdido

Mente um pouco,

Chama de ponto de vista

De era vulgar, reino de louco.

Quietamente, passa pelo espaço

Ou nele permanece sendo parte

Nada de não estar ali!

Necessário é não ser contraste.

Vai, mente, deslizando sobre o tempo

Há belas artes, felizmente!

Há a brisa do vento

E toda uma energia atraente.