Celibato.
Após várias tentativas frustradas, optou pelo celibato.
Agora não teria mais ninguém para incomodar seus dias e atrapalhar seus planos.
Faria seus horários e programas.
Sem vontade sequer faria a cama.
Jogou-se no sofá de pijama
Amarrotado e puído como uma mente insana.
O tédio entra pela persiana
Penetra os poros e se demora no olhar vago
Que troca de canal
Na angústia da inquietude mental
Nada para ver,
Nada para se oferecer,
Assusta-se com a campainha
Corre para atender
Na porta o vizinho
Lindo de morrer
Corre para o quarto e procura o que vestir
Pega o vestido amarelo e provocante
Coloca o batom, o perfume e joga os cabelos.
O celibato? Talvez comece amanhã.