RECLUSÃO
RECLUSÃO
Da minha mente eclode confusão
Perene causa da minha prisão,
Ação e gestos perturbadores
Desabrocha em meu ser como um vulcão.
Santa civilização desalmada
Dos cemitérios enxurradas d’alma
Dos seres que morrem todos os dias
E a morte suplica-me, tu se acalma?
Por quanto tempo ainda o mundo verá
Países sendo desabitados...
Desolados pela ganância do poder...
Por não ter piedade são seres malvados.
Chora o coração dos que veem
e sentem o progresso humilhado,
E na eclusão dos seus gritos
Viram-lhe às costas os desalmados.
Como grita a saudade dos olhos que choram...
Mãos que não tiveram as chances,
De apertar em seus braços seus entes queridos...
Nem acompanhar na vida suas grandes nuances.
Como chora a mente confusa
Que se perdeu diante de tanta convulsão,
Ai! Como chora o pranto sofrido
Que de liberdade virou reclusão.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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LEI 9.610/98
Data: 03/11/2023
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