O DNA de Deus

Deus só pode ser o contrapeso

Do existir da balança

Dessa consciência pesada

Dos atos falhos, de uma causa inaceitável

Deus me condena por existir

Pensar no agora querendo partir

Deus sempre foi a realidade seca

Totalmente discreta, que acontece

E não se importa com nada

Mas Deus preenche o mundo

Com o desespero do homem profundo

A reza é a entrega da palavra penosa

Dói só esses momentos, de falar com Deus

O alívio é deixar de explicar

Voltando a respirar o ar que Deus não tem

Deus não julga quem nele não pensa

Mas morre condenado pela força

Do ser que precisa seguir

O DNA de Deus é o homem

E o homem, selvagem, não domina a si