Em Preto e Branco
As cores às vezes fogem
E a vida fica em preto e branco
Me pergunto: Até quando?
As respostas implodem
E os cacos me cortam
Mas não há sangue jorrando
Para não tingir o preto e o branco
Os silêncios ensurdecedores imploram
Por vozes que falem baixinho
O segredo pra não haver dor
Mas, do que adianta saber
Se não vou seguir o caminho?
Para dor não nascer
Seria preciso não haver amor...
A escolha parece facílima:
É só não se entregar à emoção
Deixar enferrujar o coração
E transformar-se em vítima
Mas prefiro saltar dos precipícios
Creio que é um dos meus melhores vícios
Na maioria das vezes, me arrebento no chão
Mas aproveito enquanto estou no ar
Vivo com intensidade a emoção
Depois da queda, junto os pedaços
Isso demora porque são muitos os cacos
Mas... depois é só recomeçar e me reinventar!