Anticorpos
Na era dos corpos distantes
A mente, em instantes,
É tudo que há
E ante os corpos errantes,
Que não se tocam,
Mais como antes
Há muitas coisas,
Que em troca, nos levam
Para não sermos nós mesmos
E por tudo, revelar-se entre os medos
Onde o espaço do mundo sufoca, por fim
E esse vírus humano,
Que faz tanto dano
Nos tempos dos poderes da loucura
Da voz que emana,
Em liberdade, a ditadura
Se faz saber que os corpos
Nunca estiveram juntos
São anticorpos de si,
No contato inevitável
Da unidade do nosso universo observável