Meu primeiro poema
Não pude transcrever, nem declamar
meu primeiro poema.
Quando me deparei com ele
eu ainda estava de olhos cerrados.
A luz me entrou
como que me descolando as pálpebras
e dilacerando o centro dos olhos
para naquele momento
me definir as pupilas.
Nesse estado
consegui apenas murmurar o poema
como se fosse minha dor primeira.
Enquanto isso
rompido o cordão que nos prendia
agora era com os braços
que minha mãe me cingia.
E minhas pupilas, já menos sensíveis,
foram relaxando relaxando relaxando
à medida que eu reconhecia
a voz que do ventre eu ouvira.
Então contraí as pernas
pus as mãos sob o queixo
e acomodado no colo materno
suspirei, baixinho, o último verso:
Huum... humm... hummm... humm...!
Não pude transcrever, nem declamar
meu primeiro poema.
Quando me deparei com ele
eu ainda estava de olhos cerrados.
A luz me entrou
como que me descolando as pálpebras
e dilacerando o centro dos olhos
para naquele momento
me definir as pupilas.
Nesse estado
consegui apenas murmurar o poema
como se fosse minha dor primeira.
Enquanto isso
rompido o cordão que nos prendia
agora era com os braços
que minha mãe me cingia.
E minhas pupilas, já menos sensíveis,
foram relaxando relaxando relaxando
à medida que eu reconhecia
a voz que do ventre eu ouvira.
Então contraí as pernas
pus as mãos sob o queixo
e acomodado no colo materno
suspirei, baixinho, o último verso:
Huum... humm... hummm... humm...!